Introdução

"A história de origem de Pandora é passada de geração em geração, numa tradição milenar; em meio a uma imensidão vazia e sem terrenos, o deus primordial do Caos criou o universo com um golpe poderoso de uma de suas espadas. Por mais de vinte e quatro mil anos, o deus protegeu sua criação e pouco a pouco, a vida terrestre Dele se criou. De sua respiração, nasceram ventos. De seu corpo, nasceram as montanhas. De seu sangue, a terra tornou-se fértil e de suas lágrimas, rios salgados e doce surgiram; e em meio a tudo isso, surgiram os atuais seres vivos de Pandora."
Por três séculos, Pandora conviveu em pacíficos e pequenos feudos, mantendo sempre uma amizade entre cada um deles e equilibrando o poder. No entanto, conforme os seres pensantes tornavam-se mais inteligentes, a monarquia se criou, dividindo o mundo em dois reinos.
Ano trezentos e vinte e sete — Pandora se dividiu em dois grandes reinos. O reino de Paglin e o reino de Samin; Paglin, com seus viventes humanos e pequenos mistos de magia e muito treinamento, tornaram-se uma potência semi-militar, capaz de derrubar desde pequenos à grandes feudos e tomar-lhes o território. Samin, o reino dos seres místicos, que são capazes de controlar com maestria todos os elementos que lhes são resignados na nascença, convivem em paz entre si e entre aqueles que aproximam-se.
O convívio pacífico entre estes dois reinos  foi quebrado quando Zakhir, o rei de Paglin, envolto em inveja do intenso território do reino vizinho, convocou uma guerra que perdurou por anos, causando destruição, caos e sangue, na tentativa falha de roubar parte do território que pertencia aos seres místicos. Após uma derrota vergonhosa, a família real de Paglin desapareceu, deixando o reino sem qualquer governante, além de um vasto sentimento de vergonha para os cidadãos de seu reino — todavia, isso não durou muito, uma vez que uma nova família real se formou. Anos se passaram e do sistema monárquico que representava agora o maior dos dois reinos, montou-se o Sistema de Heróis. Um sistema de inscrição para que tanto faeries quanto humanos pudessem proteger a coroa de seus reinos, de modo a treinar suas aspirações e dons mágicos por ambos os lados, impedindo que qualquer ameaça contra ambas as coroas fosse concreta.